FREQUÊNCIA DE LIPODISTROFIA E FATORES DE RISCO PARA SARS-CoV-2 EM PESSOAS VIVENDO COM HIV

Autores

  • Gabriella Coelho Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé
  • Geani de Oliveira Marins Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz
  • Mônica de Souza Lima Sant'Anna Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé
  • Nadir Machado Alves Cardoso Farmacêutica Programa Municipal IST/AIDS e na farmácia do Hospital Municipal de Macaé
  • Silvia Thees Castro Hospital Universitário Pedro Ernesto e do Programa Municipal IST/AIDS do Município de Macaé
  • Franci de Oliveira Barros Vigilância em Saúde da Prefeitura Municipal de Macaé
  • Ana Paula Menna Barreto Universidade Federal do Rio de Janeiro,Campus Macaé-RJ
  • Lismeia Raimundo Soares Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé-RJ

Palavras-chave:

HIV, SARS-CoV-2, Lipodistrofia, Antropometria, Obsesidade

Resumo

A literatura é escassa sobre os efeitos colaterais da terapia antirretroviral (TARV) a longo prazo em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e ainda quanto aos fatores de risco significativos para a COVID-19. Assim, esta nota técnica visa apresentar dados parciais da frequência de lipodistrofia por métodos objetivos e subjetivos em PVHIV em assistência ambulatorial no SAE/IST/HIV do município de Macaé-RJ e discutir, segundo a literatura, sua relação com possíveis fatores de risco para a SARS-CoV-2. Avaliaram-sevariáveis clínica, epidemiológicas, imunológicas e da composição corporal. O estudo faz parte de um projeto maior, aprovado em 2016 pelo CEP-UFRJ/Macaé,(CAAE:55102516.0.0000.5699) e foi adotado nível de significância de 5%. Incluiaram-se 87 adultos HIV, sob TARV e foi revelado até o momento frequência de lipodistrofiaautorreferida em 20,4% dos homens e 37,2% das mulheres. Pelo índice de massa corporal (IMC), os homens estavam eutróficos (23,94±4,26) e as mulheres pré-obesas (27,91 ±7,08), p=0,003; pelo índice de massa gorda (IMGORDA), elas apresentaram valores acima da média (7,03±2,61) e eles dentro da referência (5,69±2,02), p=0,008 e a massa muscular esquelética (MME) revelou perda significativa, p=0,001, (21,24±9,38) comparado a eles (28,43±4,24), caracterizando lipodistrofia. Tais dados mostram alteração na redistribuição da gordura corporal entre os sexos e frequência de lipodistrofia. Assim, pretende-se garantir a avaliação da composição corporal desta população com os componentes para diagnóstico precoce e favorecer intervenção nesta população de risco para doenças crônicas não transmissíveis. Porém mais estudos são necessários para investigar a sua associação como possíveis fatores de risco para SARS- CoV-2 em pessoas vivendo com HIV.

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Publicado

25/03/2024