AVALIAÇÃO GEOQUÍMICA DA EXTENSÃO DA BIODEGRADAÇÃO DE ÓLEOS DA BACIA DE SANTOS VIA PETROLEÔMICA POR ESI(-) FT-ICR MS
DOI:
https://doi.org/10.47518/rf.v4i1.61Palavras-chave:
Compostos ácidos, Biodegradação, FT-ICR MS, Petroleômica, Geoquímica orgânicaResumo
Amostras de óleo do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos foram geoquimicamente investigadas para avaliar a biodegradação, a qual afeta a qualidade do óleo produzido. As técnicas convencionais de cromatografia gasosa inicialmente utilizadas, CG-EM e CG-DIC, não foram suficientes para diferenciar a extensão da biodegradação entre as amostras considerando somente os compostos saturados e aromáticos do petróleo. No entanto, a análise dos compostos polares, por espectrometria de massa de ressonância de íon cíclotron com transformação de Fourier (FT-ICR MS), auxiliou em uma melhor avaliação da biodegradação. Isto foi possível porque a amostra do pós-sal apresentou maior abundância para a classe O2, menores valores das razões A/C e A/C modificada e maior valor para o índice SA modificado, em comparação com as amostras do pré-sal, em virtude, respectivamente, da maior quantidade de ácidos naftênicos formados devido à biodegradação, da degradação dos ácidos acíclicos mais susceptíveis à biodegradação e devido à formação de ácidos cíclicos de DBE 2, 3, 4 e 5, os quais também são produtos do processo de biodegradação. Portanto, constatou-se que a amostra do pós-sal é mais biodegradada, ou compões uma mistura envolvendo um óleo mais biodegradado, do que as amostras do pré-sal. Embora deva-se ter precaução na utilização dos compostos da classe O2 para avaliação da extensão da biodegradação, considerando que esses compostos podem sofrer influência de outros fatores, a ideia central do presente trabalho é mostrar que a biodegradação afeta essa classe de uma forma muito característica, removendo os ácidos acíclicos e gerando os ácidos cíclicos.